quinta-feira, 28 de abril de 2016

O VALOR DO ENSINO




O VALOR DO ENSINO

 
Desde o útero, sofremos interferência do meio e da família em que vivemos. Uma gestação desejada, na qual os pais e a parentela estão harmonizados para receber o novo ser com afeto e comprometimento, certamente gera filhos mais seguros e tranquilos. Um lar desajustado gera um desequilíbrio de humor na gestante, que será vivenciado pelo feto até mesmo quimicamente. Já pais ajustados, que se amam e se respeitam, irão formar filhos mais saudáveis física e emocionalmente.


Contudo, é a partir dos primeiros dias de vida do bebê que as funções educadora e formativa da família começam a se tornar mais evidentes. Desde cedo a criança começa a discernir entre o sim e o não, o certo e o errado, a conhecer e dominar regras, valores e normas, bem como a sofrer as consequências ao quebrá-las. E nestes primeiros meses e anos é primeiramente a família (pais, filhos e irmãos), e depois a parentela (avós, tios, primos etc.) que agirão na e sobre a criança, completando seus gestos, interpretando seus movimentos, direcionando suas ações e ensinado as regras de convivência na sociedade em que vivem.


Quanto mais os anos passam, mais importantes e atuais se tornam as palavras de Salomão: “Ensina a criança no caminho que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”, Pv 22.6. O ensino não só informa, mas forma o caráter e interfere na aquisição das propriedades psicológicas humanas, como inteligência, atenção, memória e linguagem, entre outras.



Vale ressaltar que ensinar ou educar os filhos não é uma opção dos pais, mas uma obrigação, um dever da paternidade ou da maternidade. Há muitos avós e parentes que, pela impossibilidade dos pais, criam muito bem algumas crianças. Contudo, quando os pais estão presentes e ignoram os seus compromissos, ou tentam repassar para outros a responsabilidade de educar (para professores da Escola Dominical ou da escola regular, para avós, tios e empregadas), certamente serão pais que colherão desamor e vergonha.


Não podemos esquecer que todos nascemos sob o pecado, e que mesmo a criança já tem uma tendência a errar. Ela testa os limites colocados pelos pais, ignora os nãos, busca os seus interesses e procura sempre fazer o que lhe dá prazer. Assim sendo, se ela não for educada, se só fizer o que quer e não for bem direcionada, acabará gerando tristeza para seus pais (Pv 28.17; 29.15).


a). Ensinado pelo exemplo: A primeira forma de aprendizagem se dá através da imitação. O bebê, desce cedo, imita o sorriso, os movimentos, a fala e os atos dos que o cercam, antes até de poder interpretá-los. Isso significa que os primeiros sorrisos ou carinhos do bebê acontecem porque alguém sorriu para ele, e não porque ele quis ser simpático ou afetuoso. Só depois de alguns meses é que seus atos começam a ser intencionais.


Observamos o outro e aprendemos pela imitação a usar uma gravata ou um xale mais sofisticado, ou imitamos a maneira de utilizar os pauzinhos num jantar chinês ou japonês, por exemplo. Por mais importante que seja o ensino formal, a leitura dos textos bíblicos ou a educação na igreja ou na escola, é o exemplo dos pais e dos irmãos que formarão os primeiros sistemas de ações. Assim sendo, pais que não comem legumes não podem ensinar seus filhos a serem vegetarianos. Pais que não dizem obrigado ou por favor, não terão filhos educados. Ou pais agressivos, que falam alto e asperamente, não formarão filhos mansos e calmos. Já os pais que são justos, formarão filhos justos e felizes (Pv 20.7).




Se você quer que seus filhos falem a verdade, não minta, nem de “brincadeira”.  Se sua intenção é a de que eles se firmem na igreja, não vá à Casa de Deus de má vontade e não fale mal do seu pastor. Se quer ter filhos carinhosos, dê carinho, colo e afeto. Lembre-se que as duas coisas mais importantes a deixar para os filhos são exemplo e exemplo.


b) Ensinando por valores: A despeito das crianças terem espírito, e portanto nascerem com o caráter moral de Deus impresso nelas, os valores que evidenciarão e formarão o bom ou o mau caráter deverá ser ensinado pelos pais. É como se os filhos tivessem o mapa, a potencialidade, mas somos nós quem devemos dar as coordenadas – são os pais que podem dar as diretrizes para que os filhos sejam tudo o que Deus quer que sejam.




Portanto, ensine, não importa a idade ou a maturidade dos seus filhos. Ensine regras básicas de educação à mesa (como saber comer de boca fechada ou usar os talheres) e de convívio social. Ensine normas sociais como respeitar os mais velhos, obedecer a autoridades, não usurpar bens dos outros, não maldizer ou fofocar. Abra a Bíblia e ensine leis divinas básicas como não mentir, não fornicar, amar o inimigo e honrar os pais (Pv 10.1).



Elaine Cruz



Perfil

Elaine Cruz Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de vinte e cinco anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados” e “Amor e Disciplina para criar filhos felizes”, todos títulos da CPAD.

TERCEIRA IDADE


SOBRE VIDA ADULTA E TERCEIRA IDADE



Há muitas controvérsias com respeito ao início do que chamamos de vida adulta. Alguns defendem que se inicia por volta dos 21 anos, quando, na maioria dos países, o indivíduo já é amplamente responsável por seus atos. Outros definem a idade de 25 anos, pois em geral a pessoa já é responsável, inclusive, por seu sustento, e já fechou o processo de individuação.


O adulto tem um organismo próprio e, quando é fisicamente saudável, não depende de outros para se locomover. Mesmo os que apresentam alguma deficiência, como é o caso dos surdos-mudos ou dos paraplégicos, também devem ser estimulados a estudar e a se locomoverem sem necessidade de ajuda permanente. É por esta razão que uma deficiência é entendida como mais séria, seja ela cognitiva ou física, quando a pessoa precisa de cuidados e atenção constantes por parte de outros.


a) Independência financeira – Muitos filhos adultos se acomodam à boa vida da casa, com os pais suprindo as suas necessidades e pagando as suas contas, e se esquecem de crescer, assumindo responsabilidades e ajudando no lar. Muitos pais também infantilizam seus filhos, quando não cobram deles aplicação nos estudos ou facilitam distribuindo dinheiro facilmente a filhos irresponsáveis.

Se você é pai ou mãe, apoie seus filhos e facilite os estudos deles, inclusive com suporte financeiro. Mantenha a casa gostosa para eles, mas não deixe de cobrar-lhes responsabilidades, direcionamento para o mercado de trabalho, e de conversar sobre a importância de terem seu próprio dinheiro e construírem sua família. Pais impedem os filhos de crescer quando não incentivam sua independência. Mais tarde, cercam-se de preocupações e de vergonha por tê-los, já com 40 ou 50 anos, agarrados à barra de suas saias ou calças.


A Bíblia, em Gênesis 2.24, fala aos casais sobre deixar pai e mãe. Isso não significa dizer que os pais devam ser esquecidos, mas que quando um casal se une é fundamental que já possa ter uma vida independente de seus pais.


Filhos adultos e casados que precisam dos pais para pagar suas contas se tornam dependentes por terem que se submeter às regras dos genitores, acabando por destruir a admiração mútua. Por mais que os filhos adultos possam precisar de seus pais em períodos de dificuldade, e os pais possam ajudá-los ocasionalmente, a independência financeira auxilia na maturidade.


b) Independência psíquica e cognitiva – São imaturas as atitudes de adultos que falam sem pensar que magoam, que gastam seu dinheiro com besteira sem levar em conta as contas a pagar, que traem seus cônjuges sem analisar as consequências, que abandonam um bom trabalho secular sem analisar as possibilidades do mercado de trabalho, que se magoam por tudo, que se irritam por nada e que esperam que “caia do céu” benfeitorias pelas quais não querem se esforçar para obter.


Uma pessoa adulta, por mais que receba conselhos de pais, amigos e líderes, já deve ser capaz de poder decidir o que fazer a cada situação do cotidiano. Precisa aprender a conviver em sociedade. Se for casada, deve tomar todas as decisões em conjunto com seu cônjuge, aprendendo a negociar e a ceder, sem que haja interferência ou imposição dos sogros. E mesmo nos casos em que o casal more na mesma casa ou no quintal de parentes, o casal deve ter a sua independência e privacidade.


Uma pessoa casada não pode passar os dias na casa dos pais e precisa saber que há coisas íntimas do seu casamento que devem ser preservadas, a não ser em casos de agressões e desrespeito de um dos cônjuges. Os sogros não têm o direito de pedir aos filhos segredos para com o cônjuge. Também não devem exigir que o filho (a) sempre venha visitá-los sem seu esposo (a), a não ser que os genros e as noras estejam impossibilitados de vir temporariamente; e muito menos destratar suas noras ou genros, desonrando-os perante seus filhos. Deve sempre partir dos pais o incentivo para que sejam emocionalmente maduros e independentes, por mais que isto signifique perder o domínio sobre eles.


c) Independência espiritual – Efésios 4.13-15 fala sobre amadurecimento espiritual. Todo adulto precisa estar submetido à autoridade espiritual do seu pastor. Contudo, deve buscar a “independência espiritual”, que se caracteriza por aprender a orar sozinho para ter uma legítima intimidade com Deus, ler e estudar a Bíblia, tomar decisões sem ter necessidade de buscar profecias de pessoas específicas, e exercer um ministério por vocação e não por vanglória.


Adultos casados precisam assumir o sacerdócio do lar, realizar cultos domésticos, motivarem-se mutuamente a ir à igreja e congregarem juntos em um mesmo espaço. Por mais que os pais continuem orando pelos seus filhos e seus respectivos cônjuges depois que estes se casam, muito há que dependem da oração dos pais, pois não sabem orar e cultuar a dois, cientes de que Deus os ouve e os abençoa enquanto casal. Casal que ora unido, que assume seu compromisso com Deus e abraça com alegria a responsabilidade de apoiar um ao outro, aprende que a independência espiritual gera crescimento em Deus e maturidade espiritual.


d) Velhice – A terceira idade, ou Melhor Idade, começa a partir dos 65 anos. É verdade que algumas pessoas de 30 e 40 anos já têm uma “postura de velho”, enquanto há indivíduos de 60 e 80 anos que ainda alimentam um espírito jovem – são mais criativos, empreendedores, entusiastas e producentes do que muitos trintões. Isso significa dizer que, embora a velhice tenha uma data para iniciar, esta é só um indício de um desgaste físico natural do corpo. Porém, no que tange à cognição e aos sentimentos, o idoso pode ser um adulto melhorado, que se permitiu aprender com a vida, chegando à fase áurea da maturidade.


A vida ensina, mas há muitos que passam por ela sem aprender a se tornarem pessoas melhores. Há velhos de ambos os sexos que são fofoqueiros, fazem intriga na família, são impacientes e agressivos, ainda batem em suas esposas e filhos com ódio, e são irresponsáveis em seus atos mesmo com a mente saudável. Mantêm os mesmos erros da juventude e se aperfeiçoaram na maldade ao longo dos anos, mas ainda têm tempo para alcançar a salvação e uma vida mais producente e feliz. O ensino bíblico é taxativo (Tt 2.2-5).


A população mundial está envelhecendo, por isso áreas de conhecimento, como a medicina e a psicologia, se voltam para estudar e acompanhar esta fase da vida, criando alternativas para uma velhice saudável e frutífera. Hoje há residências voltadas às necessidades dos idosos, exercícios físicos para fortalecer a musculatura e ampliar a capacidade cardiorrespiratória, remédios para combater a esclerose e fortificar os ossos, terapias e atividades para aumentar a socialização, e até classes de Escola Dominical e eventos para eles. Precisamos abandonar o preconceito de que o que é velho é ruim, de que a velhice é chata e pacata, e de que quando chegarmos lá a vida acabou.


Se você ainda não é idoso, aprenda a respeitar e a admirar os mais velhos. Converse mais com eles, dê afeto, aprenda com as experiências de vida para ser mais sábio. Ouça seus conselhos, considere suas ordens e trate-os como gostaria de ser tratado daqui a alguns anos. Cuide dos seus pais com gratidão pelo que fizeram por você, com o perdão para apagar seus erros e com o amor que supera as barreiras das diferenças de faixa etária e de visões de mundo.


Quem adquire maturidade na vida adulta, e se permite aprender com as vivências pessoais e dos outros, vai aos poucos construindo uma postura de vida que tornará a velhice um período de colheita de afetos plantados, de amores construídos e de atitudes cultivadas com sabedoria e responsabilidade.


Se você é idoso, cuide-se para ser fisicamente saudável, trate-se para estar com a mente e as emoções em ordem, controle-se para manter seus sentimentos e suas lembranças sob o seu domínio, e se esforce para continuar aprendendo e construindo projetos para o seu futuro (Sl 92.13-15).


Você está em sua melhor idade, não pode mudar seu passado, mas ainda tem um futuro. Portanto, amplie a sua autoestima, dê afeto aos que partilharam a vida com você, ame e preserve a sua família, renove a guarde a sua fé em Deus, e por mais que a vida lhe tenha sido difícil, abandone as dores e ressentimentos, ciente de que Deus é a sua rocha e escudo. Traga à sua memória o que lhe dá esperança e espere na sua justiça, que não falha nesta Terra e em toda a eternidade (Ef 4.10,13).



 Elaine Cruz

Perfil

Elaine Cruz Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de vinte e cinco anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados” e “Amor e Disciplina para criar filhos felizes”, todos títulos da CPAD.

NESTA ORDEM


ADORAÇÃO, LOUVOR E MÚSICA DE LOUVOR, NESTA ORDEM
Qui, 28/04/2016 por Ciro Sanches Zibordi

Em 2 Crônicas 20.18-22, adoração, louvor e cântico de louvor aparecem exatamente nesta ordem. Embora haja uma interação entre esses elementos, eles não se confundem no culto a Deus. Depois de receber uma mensagem profética, Jeosafá se prostrou, e todos adoraram o SENHOR com o rosto em terra (v. 18). Em seguida, levantaram-se os levitas para louvarem o SENHOR com voz muito alta (v. 19). E, pela manhã, saíram ao deserto, e Jeosafá ordenou cantores para o SENHOR, a fim de que louvassem a majestade santa, com júbilo e louvor (vv. 20,21).


Nos tempos pós-modernos, os conceitos de adorador e adoração estão intimamente ligados ao louvor por meio da música — o termo “adorador” tem sido usado, inclusive, como um título por quem louva ao Senhor cantando ou tocando instrumentos musicais. A rigor, segundo as Escrituras, o adorador não é, necessariamente, um músico ou cantor, mas um servo do Senhor, que reconhece, ao mesmo tempo, a sua própria pequenez e a grandeza do Todo-poderoso (cf. Jn 1.9; At 16.14 — “A woman named Lydia, [...] a worshiper of God”, NASB). As palavras de Jesus em João 4.23,24 evidenciam que são poucos os verdadeiros adoradores, uma vez que Deus está à procura deles.


O QUE É ADORAR A DEUS? 

É a expressão máxima de obediência e reverência ao Senhor. O verbo hebraico usado para adorar (sãhãh) denota “adorar, prostrar-se, curvar-se. [...] Aparece pela primeira vez em Gn 18.2” (VINE, p. 31). Adorar é o ato de reverenciar e obedecer a Deus (YOUNGBLOOD, p. 18). O verbo grego empregado no Novo Testamento (proskuneõ) significa homenagear e reverenciar o Todo-poderoso; é “o reconhecimento direto a Deus, da sua natureza, atributos, caminhos e reivindicações, quer pela saída do coração em louvores e ações de graças, quer por ações feitas em tal reconhecimento” (VINE, p. 375). Os termos “espírito” e “verdade”, em João 4.23,24, são muito elucidativos. “Espírito é o oposto do que é material e terreno. Verdade é o que está em harmonia com a natureza e a vontade de Deus. Aqui a verdade é especialmente a adoração a Deus através de Jesus Cristo” (RADMACHER, p. 743). Se todo músico cristão soubesse o que é ser um adorador, de fato, seu louvor através da música, sem dúvida, teria melhor qualidade (Sl 57.7).


De acordo com o Antigo Testamento, a adoração tem uma característica marcante, presente em todas as passagens que a mencionam: a prostração reverente diante do Senhor (Gn 24.26; Êx 12.27; 34.8,9; 2 Cr 20.18; 29.29; Ne 8.6; Jó 1.20: Sl 95.6). Essa mesma característica distintiva — a prostração referente — é reafirmada em todas as seções do Novo Testamento (Mt 2.11; At 10.45; 1 Co 14.25; Ap 1.17). Em Mateus 4.9, vemos que até o Diabo sabe que adoração envolve prostração reverente! Se não houver compromisso com a Palavra de Deus e zelo por parte de pastores, ministros de louvor, músicos etc., as influências filosóficas da pós-modernidade podem tornar nosso culto a Deus mundano (Rm 12.1,2) e nossa adoração, profana (2 Co 6.14-18).


COMO SERÁ A ADORAÇÃO DA IGREJA NO CÉU? 

Se soubermos como será o culto a Deus no Céu, aperfeiçoaremos, ainda na terra, a nossa adoração. Deus nos revela em Apocalipse, de modo profético, por meio de símbolos, o que acontecerá no Céu a partir do Arrebatamento da Igreja (cf. Ap 1.19; 4.1-4). Jesus mostrou ao apóstolo João como será a adoração dos seus servos no Céu. A marca da verdadeira adoração permanece no Céu: a prostração reverente (Ap 4.10; 5.14; 7.11; 19.4). No Céu não haverá “adoração extravagante”! “A atitude com a qual o ministro começa o culto estabelece o nível da adoração do culto. Cultos iniciados com atitudes irreverentes e levianas, manifestando irreverência pela presença de Deus, quase nunca se eleva acima do nível dessa frivolidade, entristecendo, assim, o Espírito Santo e dificultando um verdadeiro encontro com Deus” (BRIDGES, p. 586). Ao se prostrarem diante do trono de Deus, que palavras os salvos lhe dirão? O Senhor Jesus revelou ao apóstolo João que o conteúdo da adoração coletiva é cristocêntrico (Ap 4.8,11; 5.9,12-14; 7.12; 19.1ss). Usando aqui a linguagem das redes sociais, #FicaADica aos adoradores dos tempos pós-modernos!


O QUE SÃO O LOUVOR E O CÂNTICO DE LOUVOR? 

O louvor é a expressão, a verbalização, a exteriorização, do que pensamos e sentimos acerca do Senhor (Sl 108.1). O comportamento ou o porte — conduta e postura — do adorador revelam o que está dentro de seu coração (At 20.17-24). O louvor não se limita ao cântico, mas abarca tudo o que há em nós (Sl 103.1,2). “Nosso louvor a Deus é o meio pelo qual expressamos nossa alegria ao Senhor pelo que Ele é e pelo que Ele tem feito” (YOUNGBLOOD, p. 490). O que é o cântico de louvor? A primeira menção a um cântico de louvor a Deus está em Êxodo 15.1: “Então, cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao SENHOR”, o qual está registrado no Céu para ser entoado oportunamente (Ap 15.3). O cântico de louvor é um meio de expressar o louvor. É o louvor com música (Sl 149.1; 69.30) e faz parte do culto a Deus, segundo o Novo Testamento (1 Co 14.26; Ef 5.18,19). Muitos cantam, mas não louvam nem adoram ao Senhor (Am 5.23; Is 29.13). “Cânticos ungidos que envolvam toda a congregação são uma das marcas distintivas da adoração pentecostal” (BRIDGES, p. 589).


Davi foi cantor, compositor, músico, inventor de instrumentos musicais, rei, profeta e um grande promotor, incentivador e preservador do ministério do louvor através da música (1 Cr 15; Ed 3.10; 2 Cr 7.6). Ele liderou um grande coral e uma grande orquestra que tinham três regentes (1 Cr 15.16-24; 25.1-31). O número de componentes chegou a quatro mil levitas (1 Cr 23.25). Seus regentes eram profetas de Deus: Hemã, Jedutum e Asafe (1 Cr 25.5; 2 Cr 35.15; 29.30). Este é o autor dos Salmos 50, 73 e 83. As letras dos cânticos, então, estavam em Salmos (cf. 95.2; 105.2).


O ministério do louvor com música continua nos tempos neotestamentários para a glória do Senhor (Cl 3.16,17). Ainda que dois terços do ministério terreno de Jesus tenham sido dedicados ao ensino e à pregação (cf. Mt 4.23; 9.35), Ele também cantou (Mt 26.30). Mas observe que o culto a Deus não consiste apenas de cântico ou números musicais (1 Co 14.26). É preciso que haja salmos (ministração do louvor), doutrina (ministração da Palavra), bem como revelação, línguas e interpretação (ministrações do Espírito). Igrejas há em que se canta o tempo todo, ignorando-se que o período de louvor deve ser — também — a preparação para a mensagem da Palavra de Deus (2 Rs 3; 1 Sm 10.5; Sl 146.9). O ministério do louvor com música continuará sendo exercido no Céu: “o seu louvor permanece para sempre” (Sl 111.10). O nosso louvor, aqui, é apenas um ensaio para a vida de louvor que teremos na glória celestial (Ap 4; 5; 19).


Ciro Sanches Zibordi
Ciro Sanches Zibordi

REFERÊNCIAS
BRIDGES, James K. Dando Lugar aos Distintivos Pentecostais. IN: TRASK, Thomas E. et al. O Pastor Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

RADMACHER, Earl et al. Compact Bible Commentary. 1. ed.
Nashville: Thomas Nelson, 2004.

VINE, W. E. et al. Dicionário Vine. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

YOUNGBLOOD, Ronald F. et al. Compact Bible Dictionary. 1. ed. Nashville: Thomas Nelson, 2004.


DIREITO DE NÃO CELEBRAR CASAMENTO GAY

29/06/2015 - 16:04


LEI DÁ A PASTORES O DIREITO DE NÃO CELEBRAR CASAMENTO GAY


Casamento homossexual feria questões de Liberdade Religiosa
Por Jarbas Aragão 


 


O governador Greg Abbott assinou em cerimônia pública a lei 2065, que marca uma vitória de um movimento que uniu diversos movimentos evangélicos do Texas. A “Lei de proteção ao Pastor” assegura aos ministros o direito de não celebrarem cerimônias de casamento homossexual nas igrejas pelas quais são responsáveis.


O imbróglio jurídico começou no ano passado, após o reconhecimento da legalidade do casamento gay em diversos estados norte-americanos. Seguindo a linha liberal da administração Obama, o governo federal fez pressão em vários níveis em favor da comunidade LGBT. Houve casos de empresas serem proibidas de se recusar a prestar serviço a casais homossexuais.


 


No conservador Estado do Texas, a prefeita da cidade de Houston, Annise Parker, foi a primeira prefeita abertamente gay eleita em uma grande cidade dos EUA. A prefeitura de Houston logo emitiu um decreto-lei permitindo que indivíduos transgêneros podiam fazer queixa-crime se sentirem-se discriminados de alguma maneira.


Alguns pastores mostraram-se contrariados depois que surgiram denúncias que eles estavam promovendo “discurso de ódio” nas igrejas. A prefeitura pediu então que eles submetessem cópias de seus sermões para que autoridades investigassem se havia homofobia. O recado era claro: os pastores ou padres que se manifestarem do púlpito contra o público LGBT terão de responder juridicamente por discriminação.




A pressão dos evangélicos do Estado inteiro forçou a prefeitura a voltar atrás. Iniciou-se então um embate legal no tocante aos limites da liberdade de expressão nos púlpitos. Os cerca de 400 pastores de Houston conseguiram a suspensão do decreto municipal que limitaria sua liberdade.


A partir de então um projeto de lei que recebeu o apoio de deputados dos dois partidos predominantes do sistema eleitoral começou a tramitar. Lobbies de organizações pró-LGBT como a ACLU, Iquality Texas e a Texas Freedom Network não tiveram sucesso.


O embate ganhou força quando diversas igrejas e organizações religiosas e pró-família como o Conselho de Pastores do Texas, a Conferência Católica do Texas, Convenção Batista do Texas, Eagle Forum, Liberty Institute, Focus on the Family, Coalizão de Pastores Afro-americanos – entre outros – uniram forças.



Com a aprovação da nova lei, nenhuma igreja ou organização religiosa do Texas poderá ser forçada a realizar um casamento e tampouco forçados a prestar serviços, acomodações, instalações ou ceder bens para qualquer atividade que viole suas crenças religiosas.


Uma vez que foi aprovado com dois terços dos votos, o projeto passou a ser lei imediatamente. Jonathan Saenz, presidente da Texas Values Action, ONG jurídica que defende a liberdade religiosa, comemorou: “Hoje comemoramos com pastores e membros do clero que são guiados por suas crenças religiosas sinceras e asseguramos que o Texas desfruta de liberdade religiosa sem interferência do governo”. 



Com informações de Texas Value