A OLIMPÍADA MAIS GAY DA HISTÓRIA E A POSTURA CRISTÃ
Os que vamos fazer com essa
informação eu não sei, mas aí está uma realidade que precisamos aprender a
conviver
por Adenilton Turquete
Os
que os cristãos vão fazer com essa informação eu não sei, mas aí está uma
realidade que precisamos aprender a conviver. O número de atletas
assumidamente LGBT – 43 no total – é o maior da história. Um deles, a
brasileira Rafaela Silva, atleta do Judô, foi a primeira brasileira a
ganhar medalha de ouro para o Brasil nos jogos. Pela primeira vez na história
duas atletas estão casadas: as britânicas Kate Richardson-Walsh e Helen
Richardson-Walsh.
Na
noite da cerimônia de abertura, cinco dos ciclistas que puxavam as delegações
dos países eram transexuais, incluindo a modelo Lea T, que abriu caminho para
os atletas brasileiros.
Estamos
falando de proporcionalidade, ou seja, a população gay mundial também aumenta
exponencialmente. O que isso significa? Significa que cada um de nós, no dia a
dia passamos a conviver com homossexuais e transgêneros, são nossos vizinhos,
pessoas que nos prestam serviços, como cabeleireiros, médicos, advogados, etc.
Longe das trincheiras formadas pelos líderes de nossas igrejas temos um campo
de batalha diante da nossa realidade, algo que se aproxima de nossa família,
que afeta nosso convívio social.
O
Brasil, como Estado, aceitou a união civil de pessoas do mesmo sexo em 2003 e
legalizou o seu casamento em 2013, seguindo o exemplo do Uruguai e da
Argentina. Muitos outros avanços teriam acontecido se não fosse a atuação do
bloco parlamentar evangélico e sua representatividade no Congresso. Uma das
conquistas foi banir o famoso “kit gay” das escolas. A ideologia LGBT tenta
impor suas questões de forma agressiva, ao mesmo tempo que se fazem de
vítima de uma sociedade cruel.
É
claro que existe homofobia, assim como existe racismo e perseguição religiosa.
A questão é como cada um lida com sua busca por direitos na sociedade. O
erro está em forçar isso a todo custo, impor que os outros, mais do que
aceitem, concordem com sua causa. Coisa que os ativistas LGBT parecem querer.
Por
isso a questão das Olimpíada ganha ainda mais importância. A visibilidade
dos atletas assumidos acaba por tornar-se uma bandeira dos grupos LGBT, que vão
querer contabilizar o fato como um legado. A imagem emblemática de uma atleta
sendo pedida em casamento por uma voluntária dos jogos ganhou destaque na mídia
mundial.
O
caso de Rafaela Silva, citado no início da postagem, traz para nós uma reflexão
acerca de como vamos lidar com essa realidade. A jovem Rafaela Silva, há quatro
anos perdeu uma luta em Londres e foi hostilizada na internet por brasileiros,
vítima de ataques raciais, motivo que levou a atleta a fazer um desabafo após a
vitória no Brasil: “… a macaca que deveria estar em uma jaula
em Londres, agora é campeã olímpica em casa“. A mãe de Rafaela Dona Zenilda
é evangélica e disse à imprensa que na véspera da luta que rendeu à
filha a medalha de ouro, teve uma visão. “Deus tinha me mostrado essa
vitória. Só não tinha mostrado o ouro. Mas eu vi o pódio”, relatou.
A
atleta olímpica se torna um ícone para o esporte, herói nacional, também conduz
um projeto de inclusão social para jovens atletas em sua comunidade através do
esporte. Isso nos aproxima muito de Rafaela, um de nossos filhos poderiam ser
alunos da ONG de Rafaela e vir a ser um campeão olímpico no futuro, ou
deixaríamos de dar uma oportunidade a esta criança pelo fato de Rafaela ser
gay? Ou vamos aconselhar dona Zenilda a se afastar da filha por causa da
sua sexualidade?
Vejam
bem que não estou fazendo apologia alguma, mas trazendo a questão para longe
dos debates teológicos e perto da vida do cristão comum, que sai às ruas, leva
os filhos à escola, onde muitos cristãos de renda mais baixa dependem de ONGs e
projetos sociais para viabilizar um futuro promissor a seus filhos.
Acredito
que seja hora de os púlpitos perceberem como vão orientar as pessoas para o
convívio com essa população. Se vão optar por um caminho de ódio, ou pela
tolerância. Se vão optar por combater o inimigo no campo de batalha ou içar a
bandeira da paz. Não é uma realidade da qual podemos nos afastar, ficar dentro
da redoma religiosa, pois afeta todo o ambiente em que vivemos.
Devemos
aprender a separar a questão da ideologia do gênero, a militância LGBT, das
pessoas que nos acercam, que fazem parte do nosso convívio, aprendermos a
tratar a todos com amor cristão e compaixão por suas almas. Se existe um campo
de batalha, seja ele travado pelos ativistas de ambos os lados, na política, na
defesa da fé, no campo das ideias e dos ideais. Existem pessoas engajadas e
gabaritadas para levar esta causa adiante, seja no meio político, seja entre as
lideranças cristãs.
A
nós, cristãos comuns resta o respeito e o amor ao próximo.
Amarás
a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de
pessoas, cometeis pecado, e sois condenados pela lei como transgressores. (Tiago
2:8,9)
Agora
que vocês purificaram as suas vidas pela obediência à verdade, visando ao amor
fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o
coração. Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas
imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. Pois, “toda a
humanidade é como a relva, e toda a sua glória, como a flor da relva; a relva
murcha e cai a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece para sempre”.
Essa é a palavra que lhes foi anunciada. (1
Pedro 1:22-25)
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